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Google demite 28 funcionários que protestaram contra contrato entre a empresa e Israel

Vice-presidente de Segurança Global da empresa, Chris Rackow, anunciou a demissão através de um email. Manifestações ocorreram na terça-feira (16), nos Estados Unidos, contra um suposto acordo de 1,2 bilhão que estaria apoiando o conflito na Faixa de Gaza. Logo do Google
Reuters
O Google demitiu nesta quinta-feira (18) 28 funcionários que protestaram contra um acordo da empresa com o governo de Israel. O contrato de US$ 1,2 bilhão prevê o uso da estrutura de nuvem da companhia para serviços de inteligência artificial e detecção facial.
O desligamento dos funcionários foi anunciado pelo vice-presidente de Segurança Global da empresa, Chris Rackow, em um e-mail enviado ao corpo de empregados da companhia. O jornal norte-americano The Wall Street Journal teve acesso ao e-mail.
Em comunicado, funcionários do Google afiliados à campanha No Tech for Apartheid (Nenhuma tecnologia para o apartheid, em tradução livre) classificaram a medida de “ato flagrante de retaliação”.
Além disso, a nota diz que alguns dos empregados demitidos não estavam no protesto, que ocorreu na terça-feira (16) nas cidades de Nova York e Sunnyvale, ambas nos Estados Unidos.
Na ocasião, os manifestantes ameaçavam ocupar os escritórios da empresa até o cancelamento do contrato (saiba mais abaixo). Ao todo, 9 trabalhadores chegaram a ser presos em Sunnyvale no dia do protesto, segundo à Reuters.
“Impedir fisicamente o trabalho de outros funcionários e impedi-los de acessar nossas instalações é uma clara violação de nossas políticas e um comportamento completamente inaceitável”, afirmou o Google em comunicado.
Os empregados do Google protestam e criticam publicamente o contrato desde 2021, mas à medida que o conflito entre o governo israelense e o grupo terrorista Hamas se intensifica, isso se intensificou.
📄O contrato
Chamado de Nimbus, o contrato de US$ 1,2 bilhão fornece serviços em nuvem ao governo israelense. Esse acordo, segundo à Reuters, poderia apoiar o desenvolvimento de ferramentas militares pelo governo israelense. A Amazon, outra grande empresa do setor, também faz parte do acordo.
O serviço disponibiliza ferramentas de inteligência artificial, detecção facial, categorização automatizada de imagens, rastreamento de objetos e análise de sentimentos.
Em sua declaração, o Google sustentou que o contrato da Nimbus “não é direcionado a cargas de trabalho altamente sensíveis, confidenciais ou militares relevantes para armas ou serviços de inteligência”.
Em nota ao TechCrunch , Hasan Ibraheem, um engenheiro de software do Google que participou do protesto na cidade de Nova York, disse que, ao fornecer infraestrutura de nuvem e IA para os militares israelenses, o Google está “ diretamente implicado no genocídio do povo palestino”.

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