Sindicato dos Atores de Hollywood decreta greve contra grandes empresas de games
Greve começa a valer nesta sexta-feira (26). Entre alvos estão Activision, Electronic Arts, Epic Games, Insomniac, Take-Two e WB Games. A presidente do Sindicato dos Atores, Fran Drescher (de branco), e o líder da negociação, Duncan Crabtree-Ireland (de boné e óculos), durante anúncio da greve contra estúdios, em 2023
Mike Blake/Reuters
O Sindicato dos Atores de Hollywood declarou nesta quinta-feira (25) uma greve de seus membros contra dez das maiores empresas de games dos Estados Unidos.
A paralização começa a valer às 4h01 desta sexta-feira (26), depois de mais de dois anos de negociações coletivas que focavam no uso de inteligência artificial e 10 meses após votação que autorizava a medida.
Entre os alvos da greve estão a Activision, criadora da franquia “Call of Duty”, a Electronic Arts, conhecida principalmente por suas séries de games esportivos como EA Sports FC (o antigo “Fifa”), a Epic Games, de “Fortnite”, a Insomniac, de “Marvel’s Spider-Man”, a Take-Two, de “GTA”, e a WB Games, de “Mortal Kombat 1”.
“Não vamos concordar com um contrato que permite que empresas abusem da inteligência artificial em detrimento de nossos membros. Já deu”, afirmou a presidente do sindicato, a atriz Fran Descher.
“Quando essas empresas quiserem mesmo oferecer um acordo pelo qual nossos membros podem viver — e trabalhar —, nós estaremos aqui, prontos para negociar.”
Este é a segunda grande paralização da entidade em cerca de um ano. Em 2023, o sindicato comandou uma greve de meses contra os estúdios de Hollywood, que foi encerrada com aumento de salários e com limites para o uso de inteligência artificial em filmes e séries.