Por que Taylor Swift ameaça processar jovem que monitora voos de seu jatinho nas redes sociais
Advogados enviaram notificações que citam ‘danos diretos e irreparáveis’ à cantora causados por contas mantidos pelo estudante Jack Sweeney, que ficou conhecido por monitorar pousos e decolagens de jatos de Elon Musk. Taylor Swift no Grammy 2024
Valerie Macon / AFP
A cantora Taylor Swift ameaçou processar um estudante da Flórida que publica nas redes sociais informações sobre voos da artista e de outros famosos em seus jatos particulares, segundo o Washington Post.
Por meio de seus advogados, ela enviou notificações que pedem a suspensão de atividades dos perfis que acompanham seus voos. As contas reúnem registros disponíveis na internet sobre pousos e decolagens da aeronave da cantora.
Os perfis são mantidos por Jack Sweeney, de 21 anos, que ficou famoso por monitorar voos do jato particular de Elon Musk. O jovem criou contas no Facebook e no Instagram, já bloqueadas, mas tem outras no Bluesky, no Mastodon e no Telegram.
Na primeira notificação, enviada em dezembro de 2023, os advogados afirmaram que Taylor “não teria escolha a não ser buscar todo e qualquer recurso legal” se Sweeney não parasse com o seu “comportamento de perseguição e assédio”.
O documento alega que as postagens trouxeram “danos diretos e irreparáveis, bem como sofrimento emocional e físico” para Taylor e sua família, além de causarem à cantora “constante estado de medo por sua segurança pessoal”.
Os advogados apontaram que não há interesse público nessas informações e que a cantora precisa lidar com vários casos de stalking (“perseguição”, em inglês).
Em janeiro deste ano, uma nova notificação advertiu que as postagens de Sweeney constituíam uma “conduta de assédio”.
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Dados são públicos
As contas de Sweeney que monitoram usam dados da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) ou de entusiastas do setor que usam equipamentos para rastrear sinais de aeronaves. Elas não informam quem são os passageiros dos aviões ou qual é o destino deles após o pouso.
No caso de Taylor, o perfil acompanhava voos de duas aeronaves da Firefly Entertainment, empresa da cantora – uma delas foi vendida na última semana, segundo registros da FAA.
Sweeney, que também criou páginas para acompanhar voos de famosos como Donald Trump, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg, disse ao Washington Post que vê as notificações como uma tentativa de assustá-lo.
Segundo o estudante, os perfis apenas mostram apenas uma aproximação das cidades em que Taylor pode estar, o que pode coincidir com a programação de sua turnê ou qualquer evento público que ela tenha comparecido. “Essa informação já está disponível”, afirmou.
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