Dolores Duran tem a pioneira obra autoral revivida pela cantora Rachel Cossermelli em ‘Fractal feminino 1’
A cantora paulista Rachel Cossermelli aborda seis músicas de autoria de Dolores Duran (1930 – 1959) no disco ‘Fractal feminino volume 1 – Dolores Duran’
Fernanda Corsini / Divulgação
♪ Artista que abriu alas femininas na história da música brasileira, Dolores Duran (7 de junho de 1930 – 24 de outubro de 1959) lutou para se impor como compositora ao longo dos anos 1950.
Por ser (também) excelente intérprete, e poliglota, a artista carioca demorou a obter o sinal verde dos executivos da indústria fonográfica para gravar as próprias músicas. Tanto que algumas, como o samba Falsos amigos, somente foram gravadas após a morte de Dolores.
Lançado em 1960 na voz da cantora Cláudia Regina, o samba Falsos amigos abre o repertório do disco Fractal feminino volume 1 – Dolores Duran, da cantora paulista Rachel Cossermelli. Com sete faixas, o álbum traz outra composição lançada postumamente em 1960, Olhe o tempo passando, parceria de Dolores com Edson Borges apresentada na voz da cantora Maricenne Costa.
Em rotação desde sexta-feira passada, 26 de abril, o disco é o título inicial de projeto idealizado por Cossermelli para repor em pauta o repertório de mulheres que enfrentaram e derrubaram preconceitos na história da música brasileira, sobretudo na área da composição.
Além de Falsos amigos, a cantora regrava no disco Fractal feminino volume 1 – Dolores Duran as três parcerias de Dolores Duran com Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994) – Se é por falta de adeus (1955), Por causa de você (1957) e Estrada do sol (1958) – e entre outra grande canção somente de Dolores, Fim de caso (1959).
Capa do disco ‘Fractal feminino volume 1 – Dolores Duran’, de Rachel Cossermelli
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