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Adélia Prado vence o Prêmio Camões 2024

Decisão foi anunciada nesta quarta-feira (26). Adélia tem 88 anos e vive em Divinópolis, no interior de MG. Adélia Prado vence o Prêmio Camões
A escritora mineira Adélia Prado é a vencedora do Prêmio Camões, o mais importante da língua portuguesa. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (26).
A reunião do júri aconteceu na manhã desta quarta-feira, de forma virtual. Os jurados foram o escritor e professor Deonisio da Silva (Brasil), o professor e pesquisador Ranieri Ribas (Brasil), o filósofo e crítico de arte poética Dionisio Bahule (Moçambique), o professor Francisco Noa (Moçambique), a professora Clara Crabbé Rocha (Portugal) e a professora Isabel Cristina Mateus (Portugal).
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Segundo o júri, “Adélia Prado é autora de uma obra muito original, que se estende ao longo de décadas, com destaque para a produção poética. Herdeira de Carlos Drummond de Andrade, o autor que a deu a conhecer e que sobre ela escreveu as conhecidas palavras “Adélia é lírica, bíblica, existencial, faz poesia como faz bom tempo…”, Adélia Prado é há longos anos uma voz inconfundível na literatura de língua portuguesa”.
O valor da premiação é de 100 mil euros, um dos maiores valores do mundo entre os prêmios literários. A premiação é concedida por meio de subsídio da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) – entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC) e do Governo de Portugal.
É o segundo prêmio que Adélia Prado conquista em menos de uma semana. No último dia 20, a Academia Brasileira de Letras (ABL) anunciou que a escritora mineira foi a vencedora do Prêmio Machado de Assis 2024.
Adélia Prado
Grupo Editorial Record/Divulgação
Quem é Adélia Prado
Adélia tem 88 anos e vive em Divinópolis. Ela foi professora durante 24 anos até se dedicar por completo à carreira de escritora.
Ela foi a primeira mulher premiada na categoria Conjunto da Obra, pela contribuição à literatura brasileira, no concurso Literatura do Governo de Minas, em 2017.
Adélia Prado lê a poesia ‘Exausto’
Adélia já foi indicada para a Academia Brasileira de Letras. Em 2001, um grupo de atores e jornalistas do Rio de Janeiro formaram um movimento para lançar o nome dela para ser uma das imortais na vaga deixada por Jorge Amado. Mas na ocasião, a viúva do escritor baiano, Zélia Gattai, acabou sendo eleita.
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Clássicos de Adélia Prado
Em 1976, publicou “Bagagem”. Já em 1978 foi a vez de “O coração disparado”, agraciado com o Prêmio Jabuti. Sua estreia em prosa se deu no ano seguinte, com o livro “Solte os cachorros”. Em seguida, publicou “Cacos para um Vitral”.
Em 1981, lançou “Terra de Santa Cruz” e, em 1984, “Os componentes da banda”. Em 1991, foi publicada sua “Poesia reunida”.
Em 1994, após anos de silêncio poético, ressurgiu com o livro “O homem da mão seca”. Em 1999, foram lançados “Manuscritos de Felipa”, “Oráculos de maio” e sua “Prosa reunida”.
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Outros prêmios de Adélia Prado
Jabuti de Literatura (1978)
ABL de Literatura Infantojuvenil (2007)
Literário da Fundação Biblioteca Nacional (2010)
Associação Paulista dos Críticos de Arte (2010)
Clarice Lispector (2016)
Literatura do Governo de Minas Gerais (2017)
Associação de Artistas e Designers de Artes Aplicadas da Sérvia (2018)
Prêmio Machado de Assis 2024
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